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De acordo com os dados recolhidos durante as sessões de formação realizadas em Malta no âmbito do projeto europeu INCLUDE-CE, 71% dos inquiridos nunca tinham ouvido falar de economia circular e apenas 47,6% referiram ser capazes de utilizar algumas funcionalidades básicas de um computador. Quando questionados sobre a possibilidade de conseguirem encontrar um anúncio de emprego online, apenas 19% declararam ser capazes de aceder a um portal de procura de emprego online sem qualquer ajuda.
No âmbito do projeto europeu INCLUDE-CE – cuja plataforma de e-learning pode-se encontrar em elearning.include-ce.eu/pt-pt/ –, cinco organizações de Portugal, Chipre, Espanha, Itália e Malta desenvolveram dois cursos de formação para a capacitação digital das minorias étnicas e dos migrantes. Com bases nas respostas recolhidas durante as sessões de formação decorridas em Malta, torna-se evidente que tais cursos são necessários.
Campanha para a doação de computadores portáteis e dispositivos digitais usados
Iniciada em setembro de 2023, uma campanha mediática convidou organizações e particulares a doarem computadores portáteis usados ainda em bom estado de funcionamento. Na sequência das sessões de formação que ocorreram nos vários países da parceria, estes computadores foram doados a todos os participantes no final das mesmas. O consórcio recolheu mais de 50 computadores portáteis, provenientes de empresas de tecnologias da comunicação, escolas e doadores particulares, entre outros.
Em todos os países parceiros a realização dos dois cursos de formação encontra-se em curso até 15 de outubro:
Os beneficiários diretos destes cursos são jovens provenientes de minorias étnicas e migrantes
Em Malta, as sessões de formação foram realizadas com um grupo de 14 jovens que vivem nas respetivas comunidades e em centros de refugiados. Todos receberam computadores portáteis usados, embora ainda funcionais, no final das 20 horas de formação, distribuídas por seis dias.
Em Itália, 20 jovens receberão o YouthPass no final da formação, o que lhes poderá abrir novas oportunidades.
Em Portugal, Chipre e Espanha, numerosos jovens provenientes de minorias étnicas e migrantes estão a inscrever-se para receber formação, esperando obter todos os benefícios decorrentes das competências que irão adquirir através destas sessões.
Para promover o conceito de economia circular, o consórcio INCLUDE-CE interagiu não só com agentes diretos, mas também com o público em geral, produzindo conteúdos educativos em seis línguas sobre vários aspetos desta forma de pensar e ver o mundo. Todos estes conteúdos encontram-se disponíveis na plataforma de e-learning do projeto e através das redes sociais do INCLUDE-CE.
Para outros artigos relevantes sobre esta temática, aceda a include-ce.eu/pt-pt/category/news-pt/.
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A migração corresponde a um fenómeno global que impacta muitas pessoas por várias razões, tais como a procura de emprego, a fuga a conflitos e a procura de educação, entre outras. No entanto, a chegada a um novo país pode resultar em muitos obstáculos, especialmente em termos de inclusão social e profissional. Fatores como a discriminação, o racismo, a xenofobia e as políticas migratórias restritivas podem contribuir para dificultar esse processo. As consequências da não inclusão social e profissional dos migrantes podem ser graves, resultado em problemas de saúde mental, insegurança financeira e marginalização.
Para garantir o seu bem-estar e contributo para a comunidade, a respetiva integração no país de acolhimento é importante. As políticas e iniciativas destinadas a promover a inclusão dos migrantes no mercado de trabalho e na sociedade podem melhorar as respetivas condições de vida e reforçar a coesão social.
É esse o objetivo do INCLUDE-CE (Inclusion and Digital Empowerment through Circular Economy). O INCLUDE-CE é um projeto desenvolvido por cinco parceiros europeus: African Media Association Malta, Solidaridad Sin Fronteras, Mindshift, CARDET e Arciragazzi. Visa reduzir as divergências digitais em aptidões tecnológicas, prontidão e resiliência para os migrantes e minorias étnicas, estimulando a colaboração social e a inclusão laboral através da filosofia associada ao sistema de economia circular, mediante a reutilização, reparação e renovação de dispositivos digitais usados (computadores, telemóveis e tablets), transformados em dispositivos educativos.
É concretizado através de várias atividades, designadamente:
Para o curso de literacia digital, são ministrados cinco módulos aos formandos:
Para a formação para a procura ativa de emprego, são propostos sete módulos:
No final do projeto, os formandos terão acesso garantido a aparelhos tecnológicos, melhorarão a sua literacia digital e terão maior conhecimento das suas competências.
O INCLUDE-CE é uma iniciativa importante para promover a inclusão dos migrantes na sociedade e reforçar a coesão social.
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A economia circular tem vindo a ser ajustada com a inteligência artificial (IA), gerando inovações sustentáveis. Tratando-se de um modelo que visa a limitação de desperdício e a utilização de recursos da forma mais eficiente possível, beneficia massivamente da capacidade da IA para realizar processos e analisar grandes bases de dados, incluindo a previsão de tendências. A colaboração entre a IA e a economia circular é o principal motor para novas formas sustentáveis de fazer negócios e para a promoção de soluções mais ecológicas. Alguns dos efeitos positivos da IA na economia circular:
Os desafios que acompanham a incorporação da IA na economia circular são numerosos. Questões relacionadas com a privacidade de dados, a transparência dos algoritmos, bem como o impacte ambiental das tecnologias de IA devem ser abordadas. No entanto, as vantagens que podem resultar desta integração são, sem dúvida, o fator dominante.
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A economia circular constitui um modelo económico com vários benefícios, tanto para os empreendedores, como para os consumidores. Estes benefícios são visíveis em várias áreas: no rendimento, na ecologia ou na inovação.
Com efeito, o empreendedorismo nos setores da economia circular pode oferecer vários benefícios económicos, ambientais e sociais. Eis algumas razões pelas quais cada vez mais empreendedores estão a optar por entrar na economia circular, contribuindo para o bem-estar do nosso planeta:
● redução do impacte ambiental: a economia circular é um modelo de produção de bens e serviços menos impactante do ponto de vista ambiental. As empresas que adotam práticas circulares podem, assim, ajudar a reduzir o seu impacte ambiental e contribuir para a luta contra as alterações climáticas;
● capacidade de satisfazer as necessidades dos consumidores ambientalmente conscientes: atualmente, muitos consumidores procuram minimizar o seu impacte ambiental através de alternativas sustentáveis. As empresas que se baseiam no modelo de economia circular são capazes de satisfazer esta procura crescente, oferecendo produtos e serviços amigos do ambiente aos seus clientes. Desta forma, beneficiarão da lealdade dos consumidores;
● contribuição para a criação de emprego: o modelo circular pode criar empregos em muitos setores, como a reciclagem, a construção, a reutilização, a logística, o transporte e a conceção de produtos sustentáveis.
O projeto Include-Ce, um bom exemplo de modelo circular
O projeto Include-CE constitui um bom exemplo do terceiro aspeto anteriormente referido. De facto, com o desenvolvimento dos dois cursos de formação dirigidos a migrantes e minorias étnicas, um sobre Literacia Digital e o segundo sobre Formação para a procura ativa de emprego, a questão associada à criação de emprego está incorporada nos programas desde o seu início, com a recolha de computadores portáteis em segunda mão, em que vários stakeholders doam os seus dispositivos digitais não utilizados, mas ainda em bom estado, que serão disponibilizados ao público-alvo do projeto.
Quem acompanha o projeto tem a possibilidade de saber que, durante a formação e após a sua conclusão, o público-alvo irá promover os modelos circulares e, inevitavelmente, incluí-los na sua vida quotidiana.
Nenhum setor de atividade está excluído, independentemente da sua dimensão, uma vez que o princípio da economia circular possibilita vários benefícios económicos, ambientais e sociais aos empreendedores. Contribui para a satisfação dos consumidores ambientalmente conscientes, proporciona um sentimento de orgulho sem paralelo, reduz o impacte ambiental e contribui para a criação de emprego.
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O crescimento e a adoção da economia circular resultam em variados e interessantes benefícios para a sociedade. Em particular tem contribuindo para reduzir as alterações climáticas e para minimizar os problemas de poluição que resultam da utilização do plástico, resíduos excessivos e consumo excessivo.
Atualmente, muitas empresas decidiram optar por estratégias de compra de produtos que garantem a minimização do respetivo impacte ambiental e a transição para uma economia circular. Contrariando as práticas comerciais estabelecidas, apostam na inovação e na revisão dos seus modelos de produção com o objetivo de reduzir a extração de novos recursos e a produção de resíduos. Eis alguns exemplos de empresas que adotaram práticas circulares:
Estas e muitas outras empresas adotaram práticas circulares para reduzir o seu impacte ambiental e criar valor a longo prazo.
A adoção de práticas circulares é uma solução crucial para enfrentar os desafios ambientais e económicos. É essencial que os consumidores e as empresas sejam sensibilizados para os benefícios desta abordagem.
Nenhuma organização pode afirmar que é pequena quando se trata de incluir a filosofia da Economia Circular no seu processo de gestão!
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A segunda newsletters do projeto INCLUDE-CE já está disponível!
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A economia circular é um modelo de economia que combina um conjunto de práticas,
organizadas em função dos seus impactes, com o objetivo de maximizar a energia e os
materiais utilizados
Possibilita muitos benefícios e tem um impacte muito positivo no planeta e nos seus
habitantes:
• redução das emissões de gases com efeito de estufa e da poluição, contribuindo assim
para a luta contra as alterações climáticas;
• redução do consumo de recursos naturais e de energia, preservando assim os
ecossistemas e limitando o impacte no ambiente;
• criação de empregos verdes e locais, especialmente no domínio da recolha e do
tratamento de resíduos;
• estímulo à inovação na conceção de produtos sustentáveis e reutilizáveis;
• redução dos custos de produção, através da reutilização de materiais e produtos, bem
como da diminuição dos resíduos e dos custos de processamento.
No entanto, a economia circular apresenta também alguns inconvenientes, nomeadamente:
• custos iniciais elevados para as empresas e comunidades na criação de sistemas de
recolha, triagem e tratamento de resíduos:
• falta de coordenação e regulamentação entre os diferentes atores envolvidos no
processo, o que pode levar a dificuldades na criação de cadeias de abastecimento e
recuperação de resíduos;
• falta de sensibilização e informação do público em geral sobre os seus desafios, bem
como sobre as ações a implementar para contribuir para a mesma;
• desafios técnicos relacionados com a reutilização e a reciclagem de determinados
materiais, que podem ser poluentes ou difíceis de processar.
Apesar destes grandes desafios, a economia circular continua a ser uma solução importante
para os problemas ambientais e económicos da nossa sociedade. Os benefícios, a longo prazo,
como a conservação dos recursos naturais e a redução dos custos de produção, podem
compensar significativamente os custos iniciais e os desafios a curto prazo.
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A economia circular é um modelo económico sustentável que visa maximizar o aproveitamento dos recursos naturais, através de um ciclo de produção, utilização e regeneração com base na reutilização, reparação, reciclagem e recuperação de materiais e produtos.
Destaca-se do tradicional modelo económico linear de “extrair-produzir-consumir-descartar”, visando minimizar os resíduos e a perda de recursos e, simultaneamente, promover o crescimento económico sustentável e a criação de emprego.
A economia circular baseia-se nos seguintes princípios:
A implementação da economia circular desempenha um papel importante na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), na preservação dos recursos naturais, na criação de empregos verdes e na obtenção de um crescimento económico sustentável.
Qual é a origem da economia circular?
A economia circular tem a sua origem numa convergência de disciplinas e práticas, que vão desde a economia e da ecologia até ao design e à engenharia.
A sua origem remonta à década de 70 do século passado, quando o arquiteto suíço Walter Stahel desenvolveu o conceito de economia da funcionalidade, em que, ao invés de se limitar a vender bens, recomenda a utilização de produtos e serviços sustentáveis, reparáveis e adaptáveis.
Na década de 90 do século passado, o arquiteto e designer americano William McDonough desenvolveu o conceito “do berço ao berço”, que defende a conceção de produtos que possam ser reciclados ou regenerados no seu fim de vida.
Nos últimos anos, a consciência do impacte ambiental e social dos modelos económicos tradicionais aumentou significativamente. Este facto levou ao reconhecimento da economia circular como um modelo de negócio sustentável e inovador. Atualmente, muitas empresas, comunidades e organizações estão a trabalhar para a implementação de sistemas económicos circulares, com o objetivo de preservar os recursos naturais e criar valor numa perspetiva de longo prazo.
A economia circular é um modelo promissor que pode contribuir para a redução dos resíduos e das perdas de recursos, estimulando, paralelamente, o desenvolvimento sustentável e dinamizando os mercados de trabalho. Ao longo do último decénio, o conceito ganhou um reconhecimento significativo enquanto paradigma de negócio inovador. Muitas empresas e organizações estão atualmente a trabalhar no sentido de implementar sistemas económicos circulares para criar valor a longo prazo, preservando, ao mesmo tempo, os recursos naturais. Ao reduzirem-se as emissões de GEE e ao promover-se a regeneração dos ecossistemas e dos recursos naturais, a economia circular pode contribuir para um futuro mais sustentável para todos.
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